sexta-feira, 13 de maio de 2011

A caatinga Brasileira



A Caatinga é uma área coberta por vegetal verdadeiramente brasileira, isto é, própria da região, sendo que não são encontradas em nenhuma parte do mundo. Originalmente, essa vegetação cobria uma área equivalente a 11% do território nacional, isto é, cerca de 734.478 km², sendo encontrada nos Estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Sergipe e no Norte de Minas Gerais. Na caatinga estimasse a existência de 2.000 a 3.000 espécies de vegetais.

É uma vegetação característica do clima semiárido, onde com a penúria de água, as plantas que compõem a caatinga são xerófilas (organismo adaptado à vida num meio seco), sendo que se percebermos a cácteas ao invés de folhas possuem espinhos para que haja uma diminuição de evapotranspiração (perda de água do solo por evaporação), entretanto, as caducifólias plantas que numa certa estação do ano perdem suas folhas, realizam este processo para não haver perda de água.
De uma forma geral, os vegetais que compõem a caatinga contam com folhas atrofiadas que permite enfrentar extensos períodos sem chuva. Nos dias atuais, existem apenas 50% original da vegetação, sendo que algumas áreas da caatinga que foram degradas estão sofrendo o processo de desertificação, isto é, a formação de “desertos” entre as vegetações originais. A economia na caatinga é constituída através da agropecuária, entretanto, é obtido baixa produtividade, e com a falta de técnicas para com o solo o home causa impactos neste ecossistema.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

CAATINGA - O ECOSSISTEMA DO SERTÃO NORDESTINO

"A caatinga é uma formação vegetal que podemos encontrar na região do semi-árido nordestino. Está presente também nas regiões extremo norte de Minas Gerais e sul dos estados do Maranhão e Piauí.

 A caatinga é típica de regiões com baixo índice de chuvas (presença de solo seco).

As principais características da caatinga são:

- forte presença de arbustos com galhos retorcidos e com raízes profundas;
- presença de cactos e bromélias;
- os arbustos costumam perder, quase que totalmente, as folhas em épocas de seca (propriedade usada para evitar a perda de água por evaporação;
- as folhas deste tipo de vegetação são de tamanho pequeno;

Exemplos de vegetação da caatinga:

- Arbustos: aroeira, angico e juazeiro
- Bromélias: caroá
- Cactos: mandacaru, xique-xique e xique-xique do sertão

Em função da criação de gado extensivo na região, pesquisadores estão alertando para a diminuição deste tipo de formação vegetação. Em alguns locais do semi-árido já são encontradas regiões com características de deserto.

Curiosidade:

- Durante o período de seca, o gado da região alimenta-se do mandacaru (rico em água). Já algumas espécies de bromélias (exemplo da caroá) são aproveitadas para a fabricação de bolsas, cintos, cordas e redes, pois são ricas em fibras vegetais.


                                                                                         

Economia da Caatinga

  Além da importância biológica , a CAATINGA  apresenta um potencial econômico ainda pouco valorizado. Em termos forrageiros , apresenta espécies como pau-ferro, a caatingueira verdadeira , a caatingueira rasteira , a canafístula , o mororó e o juazeiro que poderiam ser utilizadas como opção alimentar para caprinos , ovinos, bovinos e muares. Entre as de potencialidade frutífera , destacam-se o umbe , o araticum , o jatobá , o murici e o licuri e , entre as espécies
 medicinais encomtram-se a aroeira , a braúna , o quatro-patacas , o pinhão (desambiguação necessária) , o velame-branco , o marmeleiro , o angico , o sabiá , o jericó , entre outras.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A fauna da Caatinga está sendo ameaçada de extinção

          A Caatinga é um ecossistema rico e diversificado, e que apesar de ocupar até 11% (o que equivale a quase 850 mil quilômetros quadrados) do território do Brasil ainda foi pouco estudado.
         No entanto, apesar de não existirem muitos estudos sobre esta formação natural, a caatinga está seriamente comprometida: cerca de 80% da extensão da caatinga já foi alterada pela ação do homem.
        A região do Brasil que abriga a maior parte da Caatinga é o Nordeste, mas esta formação vegetal passa pelos estados desde o Maranhão até Minas Gerais.
       Como recursos da Caatinga que são explorados pelas pessoas estão a água, madeira e outros vegetais, que abastecem uma população de aproximadamente 27 milhões de pessoas.
       As medidas de proteção à caatinga ainda são poucas, tanto que apenas 1% da extensão deste ecossistema é protegido por reservas ambientais. Isso se dá em parte pela crença de que a caatinga não abriga grande biodiversidade, e que é um erro muito grande. A caatinga abriga diversas espécies animais e vegetais importantes, mas que não foram devidamente estudados ainda.O pior é que essas espécies estão prestes a se extinguir. Conheça algumas:

- Ararinha-azul

É uma ave exótica que está desaparecendo devido ao tráfico de aves. No total existem apenas 100 exemplares em cativeiro, sendo que a maioria está fora do Brasil.
O problema é que a destruição do habitat natural da Ararinha-azul dificulta a reprodução da espécie, que está seriamente ameaçada de extinção.

- Gato Maracajá

Este belo animal entrou em extinção devido a caça que sofria, pois sua pele era usada para confecção de casacos.
Além de ser caçado devido a sua pele, o gato maracajá também era caçado por traficantes de animais silvestres. E seu habitat está sendo destruído, prejudicando a reprodução da espécie.

- Bicho Preguiça

Está ameaçado de extinção na fauna da caatinga, pois sua população diminuiu devido ao tráfico de animais silvestres. Como sua alimentação é baseada nas folhas das árvores, o animal é bastante prejudicado devido ao desmatamento ocorrido na região.
É importante que as pessoas se dêem conta da necessidade de preservar este ecossistema tão rico, pois várias espécies animais e vegetais dependem dele.
Algumas plantas como o velame por exemplo, que é eficiente para combater a febre, podem ser utilizados na medicina como alternativa a remédios existentes.
Utilizar a diversidade da caatinga em projetos artesanais poderia trazer benefícios para a população e a ajudar a preservar a região.

Algumas fotos da Caatinga

                                           A flora da Caatinga
                                            A fauna da Caatinga
                                            A Caatinga

Degradação Ambiental

      Este patrimônio encontra-se ameaçado. A exploração feita de forma extrativista pela população local, desde a ocupação do semi-árido, tem levado a uma rápida degradação ambiental. Segundo estimativas, cerca de 70% da caatinga já se encontra alterada pelo homem, e somente 0,28% de sua área encontra-se protegida em unidades de conservação. Estes números conferem à caatinga a condição de ecossistema menos preservado e um dos mais degradados conforme o biologo Guilherme Fister explicou em um recente estudo realizado na Universidade de Oxford.
      Como conseqüência desta degradação, algumas espécies já figuram na lista das espécies ameaçadas de extinção do IBAMA. Outras, como a aroeira e o umbuzeiro, já se encontram protegidas pela legislação florestal de serem usadas como fonte de energia, a fim de evitar a sua extinção. Quanto à fauna, os felinos (onças e gatos selvagens), os herbívoros de porte médio (veado-catingueiro e capivara), as aves (ararinha azul, pombas de arribação) e abelhas nativas figuram entre os mais atingidos pela caça predatória e destruição do seu habitat natural.
      Para reverter este processo, estudos da flora e fauna da caatinga são necessários. Neste sentido, a Embrapa Semi-Árido, UNEB e Diretoria de Desenvolvimento Florestal da Secretaria de Agricultura da Bahia aprovaram o projeto "Plantas da Caatinga ameaçadas de Extinção: estudos preliminares e manejo", junto ao Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), que tem por objetivo estudar a fenologia, reprodução e dispersão da aroeira do sertão, quixabeira, imburana de cheiro e baraúna na Reserva Legal do Projeto Salitre, Juazeiro, Bahia. Este projeto contribuirá com importantes informações sobre a biologia destas plantas e servirá de subsídios para a elaboração do plano de manejo destas espécies na região.
       Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-do-nordeste, entre outros.

As regiões da Caatinga

O Seminário de Planejamento Ecorregional da Caatinga, realizado pela The Nature Conservancy do Brasil em parceria com a Associação Plantas do Nordeste em 2000 propõe oito ecorregiões no bioma Caatinga.
Complexo do Campo Maior: localizado quase integralmente no Piauí e sudoeste do Maranhão. Consiste nas regiões que sofrem inundações periódicas nas planícies sedimentares.
  • Complexo do Ibiapaba-Araripe, composto pelas Chapadas da Ibiapaba e do Araripe.
  • Depressão Sertaneja Setentrional, desde a fronteira norte de Pernambuco, estende-se pela maior parte dos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará e prolonga-se até uma pequena faixa ao norte do Piauí. A principal característica desta ecorregião são as chuvas irregulares ao longo do ano. É a área mais seca da caatinga.
  • Planalto da Borborema: abrange partes do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O relevo movimentado e altitudes superiores delimitam a região.
  • Depressão Sertaneja Meridional: corresponde à maior parte do bioma. Representa a paisagem típica do sertão nordestino. Distingue-se da Depressão Sertaneja Setentrional por apresentar maior regularidade de chuvas e maior ocorrência de corpos de água temporários.
  • Dunas do São Francisco: localiza-se no centro-oeste do bioma. É caracterizado pelas dunas de areias quartzosas.
  • Complexo da Chapada Diamantina: localiza-se no centro-sul do bioma e corresponde à parte mais alta da caatinga. É a região de menor temperatura. Apresenta ilhas de campos rupestres nas partes mais altas, cercadas de caatinga nas regiões mais baixas.
  • Raso da Catarina: localiza-se no centro-leste do bioma. Caracteriza-se pela caatinga arbustiva de areia muito densa.

A fauna da Caatinga

Com relação à fauna, esta é depauperada, com baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena densidade e do pouco endemismo, já foram identificadas 17 espécies de anfíbios, 44 de répteis, 695 de aves e 120 de mamíferos, num total de 876 espécies de animais vertebrados, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.
Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-de-tufos-brancos, entre outros.

A flora da Caatinga

A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila). Foram registradas até o momento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas. Apresenta vegetação típica de regiões semi-áridas com perda de folhagem pela vegetação durante a estação seca.